quarta-feira, 12 de maio de 2010

Resenha: Eels (2010) End Times

Após longos 15 anos, Mr. E lança disco sobre a solidão. Mais do que nunca, seu trabalho está fortemente influenciado pelo blues e embriagado de folk. Tristonho (um divórcio recente estava na memória do compositor), como mostra a canção de abertura "The Beginning", o oitavo álbum do Eels às vezes soa depressivo demais, apesar de muito bem produzido pelo próprio Mr. E. Na segunda metade do álbum, ele tenta se animar tocando "Paradise Blues", mas com uma letra daquela fica difícil. Ele desiste e engata a belíssima "Nowaday".

End Times
é um disco de contemplação, ouve-se para admirar a beleza triste que seu compositor imprimiu ao trabalho e como uma obra que analisa (com muita propriedade e moral) os sentimentos humanos por meio de canções, o disco é poderoso. Muito melhor que Bob Dylan.

"Estávamos nessa viagem de carro,
E eu estava olhando para estas fileiras e fileiras de árvores ao longo da rodovia.
Eu não sei que tipo de árvores, macieiras ou algo assim.
Havia como se fossem milhares e milhares de linhas de um milhão de árvores, cada uma.
E eu escolhi uma árvore em que eu pude ver cerca de oito árvores à sua volta e nessa,
uma linha no meio.

Apenas uma em um bilhão.
E é assim que eu senti."

» Avaliação: 8.5

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