segunda-feira, 29 de março de 2010

Recordar é Viver: Kings Of Leon (2003) Youth & Young Manhood


Eles trocaram a vida sacra por Rock n' Roll, prostitutas e bebida. Quando o Kings of Leon apareceu no início da década com o disco de estréia, era impossível levar os meninos a sério. Os filhos do Reverendo Leon Followill formaram com o primo Matthew uma banda que impôs respeito no cenário do rock contemporâneo graças à crítica estrangeira (e nacional também. Nós adoramos eles) que foi quase unânime em apontá-los como uma promessa, para variar comparados aos Strokes. Ora pois, o Kings of Leon parece que gravou Youth & Young Manhood numa garagem (não é à toa a banda recebeu o rótulo de garage rock) qualquer. O que não é ruim já que Caleb Followill parece ter mamado uma garrafa de vodka antes das gravações, o que dá ao disco diversão e nunca deixa de lado a qualidade das letras, que começou a traçar uma discreta sexualidade que estaria a todo vapor no disco mais recente Only by The Night.

"
Red Morning Light" abre o disco em ritmo caipira, canção sensacional. "Wasted Time" apresenta licks impertinentes de guitarra e "Trani" é a balada. Acústica, é elevada a uma potência maior no final com um vocal furioso de Caleb.

"
California Waiting" é a que mais se aproxima do que a banda fez em Only By The Night.

O refrão que fecha a canção que foi a primeira música de trabalho, é contagiante: "
Molly's Chambers", ponto alto do disco. Ela aparece numa boa hora, lá pro final do disco quando o mesmo está quase ficando repetitivo.

Divertido, mas para ouvir sozinho.


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