Matthew Vaughn deixou a modéstia de lado (o pouco que lhe restava) para filmar com os próprios custos o melhor filme de super-heróis desde Spider-Man (tem The Dark Knight também, mas é reinvenção, não conta). Sim, porque Wacthman foi uma lástima e apesar de Iron-Man ter sido uma grata surpresa da Marvel, Kick-Ass é ousado e arrojado, mas não se anime, nunca inventivo.
Depois de ser rejeitado pelos estúdios (tenho minhas desconfianças que isso é puro marketing), Matthew financiou o próprio grandioso projeto baseado na obra de Mark Millar que se tornou a sensação em terras estrangeiras. No Brasil, não foi a mesma coisa, talvez porque a platéia tupiniquim não se espanta com palavrões ou cenas bizarras. Violência choca gringo, que não sabe sambar e acredita em seus heroís, o que tira um pouco o brilho do filme que tenta ser sério antes hora, moldando heróis que seu argumento desmente.
Dave é mais um no mundo, como o próprio se descreve em narração off. Seus dois únicos amigos, Marty e Todd, idem. Nerds virgens que vivem por falta de opção e levam a vida devorando gibis. Um dia, Dave dá a louca e resolve ser heroí, assim, do nada. Compra uma fantasia na internet, vai à luta e apanha, claro, já que não vivemos em um universo paralelo. Ele se auto denomina Kick-Ass. Tudo vai bem, até que as coisas começam a ganhar contornos mais sérios e o filme quase afunda. Nicholas Cage, firme no propósito de aumentar sua coleção, encara mais um papel babaca e Christopher Mintz-Plasse um personagem indigetso (Red Mist), mas necessário para a amarração do roteiro. Perdoado.
Kick-Ass, o personagem, caminha sem ascenção na trama. Se apaixona, claro, por uma garota que acha que ele é gay (a música tema é do Mika!) e Matthew Voughn, sacana que só ele, faz o personagem entrar na dança. As referências a heróis do passado são inteligentes e a coisa começa a melhorar até que aparece Hit Girl, a única coisa chocante do filme (sem ela, Kick-Ass não existiria). Uma garotinha de aproximadamente 11 anos que quebra tudo, solta uma porrada de palavrões e desafia a gravidade. Começa a diversão que é interrompida vez ou outra por suas falhas até chegar em seus 40 maravilhosos minutos finais que impressionam pela capacidade de salvar tudo. As convicções sobre o que foi assistido até alí começam a mudar e somos embrulhados pela trilha genial e irônica do trio Ilan Eshkeri, Henry Jackman e John Murphy (excelente trabalho, não me canso de elogiar).
Kick-Ass é um filme de caráter irreprochável e honesto que comete erros bobos, perdoáveis. Cenas de ação carregadas do que chamam hoje em dia de anarquismo e uma mistura estética de filme B e graphic novel (o tom está corrretíssimo). Puro entretenimento que contém uma mensagem linda sobre responsabilidade (ajoelhou, tem que rezar) e depois de um final tão bom, acho que uma revisão discipa os tropeços.
Depois de ser rejeitado pelos estúdios (tenho minhas desconfianças que isso é puro marketing), Matthew financiou o próprio grandioso projeto baseado na obra de Mark Millar que se tornou a sensação em terras estrangeiras. No Brasil, não foi a mesma coisa, talvez porque a platéia tupiniquim não se espanta com palavrões ou cenas bizarras. Violência choca gringo, que não sabe sambar e acredita em seus heroís, o que tira um pouco o brilho do filme que tenta ser sério antes hora, moldando heróis que seu argumento desmente.
Dave é mais um no mundo, como o próprio se descreve em narração off. Seus dois únicos amigos, Marty e Todd, idem. Nerds virgens que vivem por falta de opção e levam a vida devorando gibis. Um dia, Dave dá a louca e resolve ser heroí, assim, do nada. Compra uma fantasia na internet, vai à luta e apanha, claro, já que não vivemos em um universo paralelo. Ele se auto denomina Kick-Ass. Tudo vai bem, até que as coisas começam a ganhar contornos mais sérios e o filme quase afunda. Nicholas Cage, firme no propósito de aumentar sua coleção, encara mais um papel babaca e Christopher Mintz-Plasse um personagem indigetso (Red Mist), mas necessário para a amarração do roteiro. Perdoado.
Kick-Ass, o personagem, caminha sem ascenção na trama. Se apaixona, claro, por uma garota que acha que ele é gay (a música tema é do Mika!) e Matthew Voughn, sacana que só ele, faz o personagem entrar na dança. As referências a heróis do passado são inteligentes e a coisa começa a melhorar até que aparece Hit Girl, a única coisa chocante do filme (sem ela, Kick-Ass não existiria). Uma garotinha de aproximadamente 11 anos que quebra tudo, solta uma porrada de palavrões e desafia a gravidade. Começa a diversão que é interrompida vez ou outra por suas falhas até chegar em seus 40 maravilhosos minutos finais que impressionam pela capacidade de salvar tudo. As convicções sobre o que foi assistido até alí começam a mudar e somos embrulhados pela trilha genial e irônica do trio Ilan Eshkeri, Henry Jackman e John Murphy (excelente trabalho, não me canso de elogiar).
Kick-Ass é um filme de caráter irreprochável e honesto que comete erros bobos, perdoáveis. Cenas de ação carregadas do que chamam hoje em dia de anarquismo e uma mistura estética de filme B e graphic novel (o tom está corrretíssimo). Puro entretenimento que contém uma mensagem linda sobre responsabilidade (ajoelhou, tem que rezar) e depois de um final tão bom, acho que uma revisão discipa os tropeços.
» Avaliação: 8.0
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