Baseado em dois livros, Julie & Julia é adorável e cansativo. Sua duração é excessiva e salva-se a trilha de Desplat, que apesar de óbvia é agradével. Julie é uma jovem vivente do início da década passada que assim como Julia dos anos 50, usa a culinária como válvula de escape. Ao acompanhar paralelamente a vida dessas duas figuras é impossível não se identificar mais com uma e achar a outra aguada. Pela primeira vez, o exercício de sotaques da Maryl Streep irritou-me.
» Avaliação: 6.5
Leonardo Medeiros tem que tomar vergonha na cara e nunca mais se envolver em telenovela, que para um ator de seu calibre é pecado mortal. É ele quem salva Budapeste do pior, baseado na obra de Chico Buarque, filme poético e complicado e também um absurdo exercício metalinguístico. Não é ruim, longe disso, mas a história de um homem que pra fugir do passado se reconstrói em outra língua meio que carece de uma montagem mais coerente.
» Avaliação: 5.5
Drama sério de temática tripla (filosofia, religião e sexo), La Petite Jerusalem é longa francês ganhador do prêmio de melhor roteiro em Cannes. Laura, estudante de filosofia e adepta às doutrinas de Kant começa a causar desconforto na família judia ortodoxa. Mathilde, sua irmã mais velha, enfrenta o demônio da infidelidade do marido e para salvar seu casamento terá de passar por cima de seus limites sexuais. Mesmo seguindo um ritmo lentíssimo a todo o tempo, a direção da estreante Karin Albou consegue prender a atenção.
» Avaliação: 7.0